A Lonely Planet é uma das principais editoras de guias de turismo do mundo. Anualmente, produz o Best in Travel, em que elege, por meio de quatro listas, os 10 melhores países, cidades, regiões e destinos com melhor custo-benefício. A seleção é feita por um time de especialistas cujos critérios vão de novas opções de passeios, comemorações de datas importantes e grandes eventos de entretenimento a destinos que são pouco visitados, mas possuem grande potencial para o turismo.
Como se sabe, o dólar continua nas alturas e grande parte dos destinos internacionais para onde ir acaba se limitando. Por isso, compartilhamos cinco destinos eleitos pela Lonely Planet que oferecem o melhor custo-benefício em relação à hospedagem, transporte e atrações – veja a lista completa aqui. Confira:
Tallinn
Gosta de séries como Vikings? Tallin pode ser um destino e tanto: a capital da Estônia é a terra dos exploradores nórdicos que viveram do século 8 ao 11. Banhada pelo Mar Báltico e situada entre a Letônia, Rússia e o Golfo da Finlândia, é a cidade medieval mais bem preservada da Europa. Por lá você encontra diversas torres, muralhas, igrejas, restaurantes e lojas influenciadas pela cultura medieval.

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Só pela atmosfera da cidade a sensação é a de ter voltado à era viking, mas, se quiser vivenciá-la de fato, basta visitar a Viking Village, localizada a poucos minutos do centro, onde é possível fazer caminhadas guiadas na floresta e participar de competições, como batalhas no castelo e arremesso de machado.

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Um benefício da cidade é a disponibilidade de diversas redes de Wi-Fi com acesso gratuito – tem até nas florestas! O custo-benefício: a cidade é conectada por voos econômicos de toda a Europa e, no que diz respeito à alimentação, no bairro de Kalamaja há variadas opções de food truck que satisfazem fome e budget.

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Lanzarote
Para entender o encanto desta que é uma das sete ilhas do arquipélago espanhol das Canárias, é necessário saber um pouco de sua origem: localizada a mil quilômetros da Espanha, e apenas a 140 km da África, possui cerca de 200 vulcões adormecidos e é considerada reserva natural da biosfera pela UNESCO. Embora seja habitada desde o ano 1000 a. C., de 1730 a 1736 o local entrou em intensa atividade vulcânica, originando em grande parte a ilha que se conhece hoje.

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No entanto, é obrigatória a menção à obra do arquiteto, artista e escultor César Manrique (1919-1992), criador universal e pioneiro do ecologismo e grande responsável por “modelar” a ilha como ela é hoje – não apenas de maneira “estética”, mas também ideologicamente com preceitos de sustentabilidade.

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Seguindo o princípio que prega a simbiose da relação entre a natureza e o homem, Manrique se apropriou dos vulcões e utilizou a ilha natal como uma tela em branco para intervir e dar vida a grande parte de suas obras, a exemplo do Mirador Del Rio, Jameos del Agua e Lago Martiánez. Lanzarote dispõe de praias à beira de vulcões, bares que funcionam dentro de pedras vulcânicas, o Parque Nacional de Timanfaya (que abriga vulcões em diferentes tons, do avermelhado ao preto, em um caminho de 14 km), e muito mais!

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Arizona
Dono dos cenários naturais mais “instagramáveis”, o estado do Arizona, nos Estados Unidos, possui desertos à la faroeste e desfiladeiros inebriantes para apreciar horas a fio. Naturalmente alguns deles serviram como pano de fundo para filmes tais como Arizona Nunca Mais, Thelma & Louise e Forrest Gump, apenas para citar alguns.

Antelope Canyon ©Reprodução
Aliás, umas das estradas mais famosas do país, a Rota 66, corta o estado: o trecho de quase 4 mil quilômetros ficou conhecido graças ao longa-metragem Easy Rider, de 1969. Outra obra que imortalizou a rodovia foi o romance On The Road, de Jack Kerouac, que inclusive inspirou o filme nacional Na Estrada (2012), dirigido por Walter Salles.

Horseshoe Bend ©Reprodução
Com mais de 325 dias de sol por ano, o Arizona desfruta de paisagens quase inóspitas pontuadas por rochas vermelhas ou florestas alpinas que levam a lagos escondidos. Uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, por exemplo, está lá: trata-se do Grand Canyon, com sua impressionante extensão de 446 km e penhascos que chegam a atingir 1600 metros de profundidade. Além desta, outras atrações turísticas igualmente incríveis são o Antelope Canyon, o Petrified Foreste National Park e o Horsebend Shoe (foto acima).

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La Paz
Capital da Bolívia, localizada entre as imponentes montanhas das cordilheiras dos Andes, La Paz está a 3.640 metros de altura. A singularidade da cidade se dá a partir da interessante (e contrastante) combinação entre o cenário urbano característico do local (e também, de certa forma, típico de territórios sul-americanos, o que traz à tona a questão do subdesenvolvimento, etc) com imensas montanhas cobertas de neve, a exemplo do suntuoso Monte Illimani, cartão postal que reina majestosamente no plano de fundo da cidade.

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Recentemente a capital boliviana passou por uma revitalização que levou novos (e bons) hotéis e restaurantes, fortalecendo ainda mais o turismo local.

Chalcataya, a 30 km de La Paz ©Reprodução
Além de atrações turísticas como o Vale da Lua, Mercado de las Brujas e o Museu Nacional de Folclore, a cidade encontrou uma ótima alternativa para transporte público, que aliviou drasticamente o trânsito e acabou tornando-se também uma atração turística: o Mi Teleférico, maior e mais alta rede de teleféricos urbanos do mundo. Nele é possível ver a cidade de cima e ter uma boa noção da geografia local por apenas R$ 1,50. O custo-benefício: segundo a Lonely Planet, por lá é possível viver com menos de US$ 30 por dia.

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Polônia
As cicatrizes que carrega ao longo de sua história ainda são eminentes. Se tiver que eleger um adjetivo para o povo polonês, “resiliente” é o primeiro que vem à mente. Situado na Europa Central, sofreu inúmeras invasões de países vizinhos como Rússia, Prússia e Áustria, foi um dos mais atingidos na Segunda Guerra Mundial, além de ficar à deriva durante a dominação soviética, enfrentando sérias crises econômicas.

Varsóvia ©Reprodução
Após se reerguer e se modernizar gradualmente em consonância à beatificação do papa João Paulo II, do ingresso do país na União Europeia e da Eurocopa de 2012, a Polônia entrou em crescente expansão para receber os turistas investindo em infraestrutura, capacitação de pessoal e renovação de suas atrações turísticas mais notáveis.

Varsóvia ©Reprodução
As principais cidades são Varsóvia (capital), Cracóvia (Kraków), Gdansk, Lódz, Katowice, Poznan, Szczecin e Wroclaw. As duas primeiras, por exemplo, foram reconstruídas minuciosamente e hoje são patrimônio da humanidade. Já em Zakopone há um parque de diversões em plena montanha.O melhor: a maior parte das cidades, como essa última, ainda são pouco tocadas pelo turismo, o que proporciona passeios mais agradáveis, longe de multidões. Além disso, a Lonely Planet afirma que é possível explorar o país gastando menos do que outras capitais da Europa Central, como Praga ou Berlim.

Cidade Velha, Varsóvia ©Reprodução
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